O tempo da carreira e o tempo da vida já não andam mais juntos.

Anos atrás, crescer profissionalmente era um processo de construção. Havia tempo, escuta, estrada.

Para ocupar um cargo de gestão, não bastava o domínio técnico. Era preciso ter vivido. E não se tratava de uma barreira etária, mas de um entendimento:
liderar pessoas exige mais do que saber fazer — exige saber lidar.

Hoje, a velocidade virou métrica de valor. A exceção virou regra. O desejo de ascensão imediata virou combustível, mas também virou sintoma.

📉 A ansiedade disparou.
📉 A rotatividade aumentou.
📉 A frustração se disfarça de reinvenção constante.

Será que estamos confundindo crescimento com aceleração?
Será que o mercado — ao valorizar tanto o currículo — não está esquecendo de considerar o sujeito?

Porque técnica se ensina, vas vivência, presença e maturidade, só o tempo dá.

E se o tempo for o que mais falta na lógica atual do trabalho?

Não é um lamento pelo passado. É um chamado para repensar o futuro.